Meio amarelo, meio esverdeado. Pálido. Ao olho humano, Vênus não revela grande coisa, mesmo com a ajuda dos mais potentes telescópios, que não conseguem atravessar a densa camada de nuvens que cobre o planeta.
Mas o cenário acaba de mudar graças a novos dados e imagens enviados pela sonda Venus Express, da Agência Espacial Européia, que revelam com detalhes nunca vistos a turbulenta atmosfera do vizinho terrestre.
Com as novas observações, publicadas na edição de 4 de dezembro da revista Nature, é possível compreender melhor a meteorologia de Vênus e comparar as condições com as encontradas na Terra.
Vênus está encoberto por uma densa camada de nuvens de dióxido de enxofre e de ácido sulfúrico que reflete de volta ao espaço a maior parte da luz solar recebida. E, de quebra, impede uma observação direta da superfície do planeta.
Ao ser observado agora em luz ultravioleta, com os instrumentos a bordo da sonda, o planeta aparece com numerosos detalhes em alto contraste, com regiões claras e outras escuras. A causa seria uma distribuição não homogênea de substâncias absorventes (da luz) – e ainda desconhecidas – na atmosfera.
Além dos dados em ultravioleta, Dmitry Titov, do Instituto Max Planck para Pesquisas no Sistema Solar, na Alemanha, e colegas analisaram informações obtidas na região do infravermelho.
Sergundo eles, a análise mostra uma ampla simetria entre os dois hemisférios venusianos e uma grande atividade convectiva em baixas latitudes, o que faz com que os absorventes de ultravioleta se elevem.
Em latitudes baixas e médias, o topo de nuvens visível está localizado a cerca de 72 mil metros da superfície tanto nas regiões mais escuras como nas mais claras da faixa de radiação ultravioleta.
Isso, de acordo com os autores do estudo, “indica que as variações observadas no brilho resultam de diferenças na composição promovidas pelo ambiente mais frio e não de mudanças na elevação”.
Ou seja, a estrutura e a dinâmica atmosférica do planeta seriam as responsáveis pelas diferenças no brilho observadas nas imagens em ultravioleta, mais escuras próximos ao equador e mais claras (com nuvens mais uniformes) nas latitudes mais elevadas e mais frias.
O artigo Atmospheric structure and dynamics as the cause of ultraviolet markings in the clouds of Venus, de Dmitry Titov e outros, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com.
Mas o cenário acaba de mudar graças a novos dados e imagens enviados pela sonda Venus Express, da Agência Espacial Européia, que revelam com detalhes nunca vistos a turbulenta atmosfera do vizinho terrestre.
Com as novas observações, publicadas na edição de 4 de dezembro da revista Nature, é possível compreender melhor a meteorologia de Vênus e comparar as condições com as encontradas na Terra.
Vênus está encoberto por uma densa camada de nuvens de dióxido de enxofre e de ácido sulfúrico que reflete de volta ao espaço a maior parte da luz solar recebida. E, de quebra, impede uma observação direta da superfície do planeta.
Ao ser observado agora em luz ultravioleta, com os instrumentos a bordo da sonda, o planeta aparece com numerosos detalhes em alto contraste, com regiões claras e outras escuras. A causa seria uma distribuição não homogênea de substâncias absorventes (da luz) – e ainda desconhecidas – na atmosfera.
Além dos dados em ultravioleta, Dmitry Titov, do Instituto Max Planck para Pesquisas no Sistema Solar, na Alemanha, e colegas analisaram informações obtidas na região do infravermelho.
Sergundo eles, a análise mostra uma ampla simetria entre os dois hemisférios venusianos e uma grande atividade convectiva em baixas latitudes, o que faz com que os absorventes de ultravioleta se elevem.
Em latitudes baixas e médias, o topo de nuvens visível está localizado a cerca de 72 mil metros da superfície tanto nas regiões mais escuras como nas mais claras da faixa de radiação ultravioleta.
Isso, de acordo com os autores do estudo, “indica que as variações observadas no brilho resultam de diferenças na composição promovidas pelo ambiente mais frio e não de mudanças na elevação”.
Ou seja, a estrutura e a dinâmica atmosférica do planeta seriam as responsáveis pelas diferenças no brilho observadas nas imagens em ultravioleta, mais escuras próximos ao equador e mais claras (com nuvens mais uniformes) nas latitudes mais elevadas e mais frias.
O artigo Atmospheric structure and dynamics as the cause of ultraviolet markings in the clouds of Venus, de Dmitry Titov e outros, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com.
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