sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Presença de metano em Marte pode ser sinal de vida, dizem cientistas


As partes vermelhas, na imagem, são as áreas com maior concentração de metano


Emissões esporádicas de metano foram detectadas em vários pontos do planeta Marte, o que pode indicar uma atividade geológica ou mesmo a possibilidade de processos biológicos, segundo estudo publicado nesta quinta-feira na "Science Express".


"Na Terra, os organismos vivos produzem mais de 90% do metano presente na atmosfera, e os 10% restantes têm origem geoquímica. Em Marte, o metano pode ser um sinal de uma coisa ou outra", explicam os autores do trabalho, que sairá na edição da revista americana Science desta sexta-feira.


O volume de emissões de metano observadas no planeta vermelho são comparáveis ao de sítios ativos da Terra, destaca o astrônomo Michael Mumma, principal autor do estudo e diretor do centro de astrobiologia do Goddard Space Flight Center, da Nasa, agência espacial americana.No entanto, "a origem dessas emissões de metano em Marte é um mistério", afirmam os cientistas, "e ainda não se chegou a um consenso".


As duas hipóteses - origem geoquímica ou biológica - são fundamentadas em fenômenos análogos conhecidos na Terra.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Os astrônomos não imaginavam que podia haver estrelas tão perto do buraco negro localizado no centro da Via Láctea

Os astrônomos encontraram estrelas jovens em partes da via láctea onde consideravam sua presença impossível, como nos limites do buraco negro situado no centro da galáxia, informou hoje a Associação Astronômica dos Estados Unidos."Literalmente avistamos estas estrelas no ato de suas formações", disse Elizabeth Humphreys, do Centro Smithsonian-Harvard para Astrofísica, durante uma apresentação na reunião da associação em Long Beach, na Califórnia.

Os astrônomos não imaginavam que podia haver estrelas tão perto do buraco negro localizado no centro da Via Láctea

O centro da Via Láctea está sujeito a enormes forças gravitacionais movidas por um buraco negro cuja massa é 4 milhões de vezes maior do que a do Sol.Esses puxões de gravidade deveriam desagregar as nuvens de moléculas em que surgem as estrelas.No entanto, os astrônomos de Harvard-Smithsonian e do Instituto Max Planck para Radioastronomia, que empregaram o radiotelescópio interferométrico de 27 antenas de Socorro, no estado do Novo México, identificaram duas proto-estrelas localizadas a poucos anos luz do centro galáctico.

"Seu descobrimento mostra que as estrelas, de fato, podem se formar muito perto do buraco negro no centro da Via Láctea", assinalou Humphreys na apresentação.Essa é uma região misteriosa, oculta à pesquisa humana pelo pó e o gás espaciais.A luz visível não escapa do buraco e por isso os astrônomos devem usar outras freqüências como luz infravermelha e o rádio, que podem penetrar mais facilmente a nuvem de gás e pó cósmico.Humphreys e seus colegas buscaram os sinais de rádio que indicam a presença das proto-estrelas ainda envolvidas em suas "cápsulas" de nascimento, e encontraram duas delas localizadas a distâncias entre sete e dez anos luz de distância do centro galáctico.

Combinadas com outra proto-estrela identificada anteriormente, os três exemplos mostram que há formação de estrelas perto do núcleo da Via Láctea.Estas descobertas indicam que o gás molecular no centro da galáxia deve ser mais denso do que o calculado até agora.Uma densidade mais alta facilitaria a gravidade de uma nuvem molecular a superar a atração exercida pelo buraco negro, permitindo não só a ela se manter agregada, mas também a se aglomerar para formar estrelas novas